Das disposições gerais
Parágrafo único:
Para que fazer uma exposição?
Para que criticar uma exposição?
Tem algo mais que deveríamos dizer.
– Criar pretextos, protestar.
Quem expomos todos os dias?
Que versão da história estamos contando?
Queremos consolidar verdades?
– E quem iria acreditar?
A história das exposições ainda não é a história da arte.
Quem eram os envolvidos?
Você foi convidado?
– Eles adoram um vernissage.
Que herança é essa?
– Eles adoram um formulário.
Que dívida é essa que nunca acabamos de pagar?
– Eles adoram um recurso.
O que mudou depois que saí daquela exposição?
Da adversidade viemos e para a diversidade devemos caminhar.
Sem apoio, o coletivizar.
Sem edital, o fazer.
Sem residência, o ocupar.
Patrocínios institucionais, políticas públicas, a carta marcada.
A autoridade curatorial
(também deve cair)
O partido curatorial
(também deve ser desfeito)
A austeridade crítica
(também deve ser revista)
Curar, sem temer.
A expografia daquilo que querem esconder.
A urgência de articular política e exposições.
cultura e exposições.
educação e exposições.
Contra a bienalização da arte, pela valorização da vida diária do artista.
da vida em sociedade.
O curador é pau para toda obra?
LUDIMILLA FONSECA é comunicóloga e jornalista formada pela Universidade Federal de Juiz de Fora (MG). Paralelamente, trabalha como curadora e produtora independente de projetos artísticos. Mineira, atualmente, reside no Rio de Janeiro, se dedicando aos estudos curatoriais e de história da arte. Especializada em storytelling, suas principais áreas de interesse são: arte contemporânea brasileira, semiótica e cinema.