Na última semana do ano de 2018 tivemos uma perda irreparável para a sociedade. A Ialorixá do Ilê Axé Opó Ofonjá, Mãe Stella de Oxóssi, conhecida na religião pelo nome de Odé Kayodê, realizou sua passagem para o Orun. Stella foi muito importante para a memória do candomblé, sendo ganhadora de diversos prêmios, eleita por unanimidade para a Academia de Letras da Bahia. Além disso, recebeu o Doutor Honoris Causa da Universidade do Estado da Bahia e a comenda Maria Quitéria (Prefeitura do Salvador), a Ordem do Cavaleiro (Governo da Bahia) e a comenda do Ministério da Cultura.
A importância e o legado de Mãe Stella já eram definitivos por seus muitos anos sendo ialorixá, intelectual e articuladora cultural. Desse modo, para muitos brasileiros, a vasta produção de Stella ainda é desconhecida. Sendo assim, deixo listados os livros e documentários para que todos possam acessar e difundir o seu legado, para que sua memória continue viva.
- Dai Aconteceu o Encanto, Maria Stella de Azevedo Santos e Cléo Martins, Salvador, 1988.
- Meu Tempo é Agora , Maria Stella de Azevedo Santos. 1a Edição: Editora Oduduwa, São Paulo, 1993. 2a Edição: Vol.1. Salvador, BA: Assembleia Legislativa da Bahia, 2010.
- Lineamentos da Religião dos Orixás – Memória de ternura– Cléo Martins, 2004
- Òsósi – O Caçador de Alegrias, Mãe Stella de Òsósi, Secretaria da Cultura e Turismo, Salvador, 2006
- Owé – Provérbios – Salvador, 2007.
- Epé Laiyé- terra viva, Salvador, 2009.
- Opinião – Maria Stella de Azevedo Santos – Iyalorixá do Ilê Axé Opô Afonjá – Um presente de A TARDE para a história”, reunião de textos publicados no jornal A TARDE na coluna “Opinião”.
FERNANDES é formada em Filosofia pela UnB e atualmente é mestranda em Metafísica pela mesma instituição. É pesquisadora da Cátedra UNESCO Archai: Origens do pensamento Ocidental e editora da PHAINE: Revista de Estudos Sobre Antiguidade. Estuda a teoria do belo na antiguidade e escreve crítica de arte no site Linhas de fuga.
Republicou isso em linhas de fuga.
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