No dia 26 de abril (segunda-feira), das 18h às 21h15, acontece o segundo encontro do ciclo 1922: modernismos em debate, organizado pelo Instituto Moreira Salles, pelo Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo e pela Pinacoteca de São Paulo. Online e gratuito, o ciclo promoverá debates mensais, até dezembro, sobre a Semana de Arte Moderna de 1922. O objetivo é realizar uma revisão crítica da Semana, contextualizando-a historicamente e examinando manifestações consideradas inovadoras em outras partes do país. Todas as atividades serão transmitidas ao vivo nos canais de YouTube e Facebook das três instituições.
O encontro do dia 26 de abril inclui duas mesas com pesquisadores e artistas sobre o tema da identidade no modernismo brasileiro, especialmente relacionado à representação da população afrodescendente e às expressões ditas regionais. A primeira mesa começa às 18h, com a fala do historiador da arte Rafael Cardoso, que questionará o senso comum segundo o qual o movimento modernista teria resgatado a negritude do apagamento cultural. Cardoso discutirá sobretudo a historiografia do modernismo nas décadas de 1930 e 1940.
Em seguida, a artista Val Souza apresentará seu vídeo Lembrança brasileira: uma seleção pitoresca de imagens (2021), com uma visão crítica e comparativa sobre as representações de corpos escravizados realizadas por artistas viajantes no século XIX e as imagens produzidas por artistas modernistas. Das 19h às 19h30, será realizado o debate, com mediação de Renata Bittencourt, coordenadora da área de Educação do IMS.
A segunda mesa inicia às 19h45, com a apresentação de Durval Muniz de Albuquerque Júnior, professor titular da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. O historiador abordará o Movimento Regionalista e Tradicionalista do Recife, discutindo suas relações de aproximação e distanciamento estético e político com o movimento modernista de São Paulo.
Em diálogo, Aldrin Figueiredo, da Universidade Federal do Pará, abordará o modernismo na Amazônia. O historiador analisará como a Semana de 1922 reforçou as formulações de centro e periferia no contexto nacional. Após o encerramento da mesa, das 20h45 às 21h15, haverá um debate com os dois convidados, mediado por Ana Maria Maia, curadora da Pinacoteca.
Serviço
Encontro 2 | Identidade como problema
26 de abril (segunda-feira), das 18h às 21h15
Mesa 3*
18h – 18h30 | A reinvenção da Semana e o mito da descoberta do Brasil, com Rafael Cardoso (Uerj, Freie Universität Berlin)
18h30 – 19h | Lembrança brasileira: uma seleção pitoresca de imagens, com Val Souza (artista, SP-BA)
19h – 19h30 | debate
Mediação: Renata Bittencourt (IMS)
19h30 – 19h45 | intervalo
Mesa 4
19h45 – 20h15 | Movimento regionalista e tradicionalista: a seu modo modernista?, com Durval Muniz de Albuquerque Júnior (UFRN)
20h15 – 20h45 | Cromografia de país dual: fronteiras e imagens do modernismo na Amazônia, com Aldrin Figueiredo (UFPA)
20h45 – 21h15 | debate
Mediação: Ana Maria Maia (Pinacoteca)
*As mesas 1 e 2 aconteceram no dia 29 de março
Atividade gratuita com interpretação em Libras (Língua Brasileira de Sinais)
Transmissão ao vivo pelos canais de YouTube e Facebook das três instituições